1. Quem foi Camões?
Luís Vaz de Camões nasceu em 1524 ou 1525, provavelmente em Lisboa. Os seus pais eram Simão Vaz de Camões e Ana de Sá. Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável dos seus estudos. É considerado o maior poeta da língua portuguesa e um dos maiores da Humanidade. É o símbolo de Portugal. Além de “Os Lusíadas”, deixa uma vastíssima obra poética. Quase cinco séculos depois, a sua poesia escapa ilesa ao passar do tempo.
2. O que foi o Renascimento?
O Renascimento foi um movimento cultural surgido em Itália no século XV que, recusando as concepções teocêntricas medievais passa a colocar o Homem no centro de todos os interesses e o seu bem-estar passa a constituir a principal preocupação. Assim, a principal característica do Renascimento é a passagem do Teocentrismo que considera Deus como o centro do Universo para o Antropocentrismo que coloca o Homem como o centro do Universo. Apesar de revolucionária no período em que surge, esta concepção da vida não era completamente nova pois já a antiga civilização greco-romana defendia a liberdade e dignidade do Homem procurando criar o "Homem ideal" do ponto de vista cívico, intelectual e físico. É devido a este "renascer" da cultura clássica que se dá o nome de Renascimento. A esta valorização do Homem através da imitação dos modelos clássicos greco-romanos é dado o nome de Humanismo.
Além dos aspectos mais filosóficos, o pensamento renascentista estendeu-se também à literatura e às artes. No caso da literatura, este foi o grande veículo de transmissão dos ideais humanistas do Renascimento. Nas artes, o Renascimento trouxe à rejeição o estilo gótico medieval de profunda inspiração religiosa, substituindo-o por um novo estilo que faz a fusão entre elementos pagãos de inspiração clássica e elementos religiosos e da vida quotidiana.
3. Quais as características do Classicismo?
As principais características do Classicismo são:
> A valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura da antigas Grécia e Roma;
> Influência do pensamento humanista;
> Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo;
> Racionalismo: valorização das explicações baseadas na ciência;
> Busca do equilíbrio, rigor e pureza formal;
> Universalismo: abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimentos humanos;
> Uso da mitologia : os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos, aparecem também nos clássicos renascentistas;
> Predomínio da razão sobre os sentimentos, expressando assim verdades universais;
> Uso de linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
> Idealismo : busca da perfeição estética, da pureza das formas e dos ideais de beleza;
> Amor Platónico : os poetas clássicos revivem a ideia de Platão, de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico;
> A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas, desprezando o particular, o individual, aquilo que é relativo.
4. O que é o Paganismo?
Paganismo, etimologicamente, refere-se ao modelo cultural e religioso do povo rural (do latim paganus = o que mora no pagus, no campo).
Paganismo, é um termo usado para se referir a várias religiões não Judaico-cristãs, no entanto, existem várias definições entre diferentes religiões entre o que pode realmente ser definido como sendo paganismo, sem consenso quanto ao que é correcto. Uns consideram que pode ser um termo que inclui todas as religiões não-abraâmicas. Outros sustentam que o catolicismo romano tem as suas raízes no paganismo, enquanto outros sustentam que o paganismo deve referir-se exclusivamente às religiões politeístas, incluindo a maioria das religiões orientais, as religiões e mitologias do povos nativos americanos. Outras definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais não organizadas em religiões civis.
Na Europa das características da religiosidade pagã, pode-se destacar:
> A sua raiz paleolítica, dos tempos de grupos nomadas de caçadores-colectores, a principal característica é uma forte ligação à terra, à Natureza, tida como sagrada e viva.
> A sua origem matriarca, há um sentimento de corresponsabilidade entre todos os membros da comunidade, ligados por laços de parentesco a uma ancestral comum.
> Esse sentimento de ancestralidade é partilhado também com a Natureza e particularmente com os seres vivos, levando a um fundamental respeito a todas as formas de vida e existência.
> A cultura Pagã tem uma relação mágica com a Natureza.
> Noção cíclica do tempo, a partir da ciclicidade dos fenómenos naturais (estações do ano, lunação, movimentos do sol, etc), em contraste à noção linear das culturas de matriz abraâmica.
> O consequente sentimento de profunda responsabilidade e parceria com a Natureza, tornando os humanos responsáveis pela continuidade do círculo.
> Profundo respeito pelos antepassados, que sacrificaram as suas vidas para que a comunidade continue a existir.
> Desenvolvimento de uma medicina natural, baseada nas qualidades curativas das ervas, baseada no poder fértil da Natureza e na relação mágica com a realidade.
5. Quais as principais temáticas da obra de Camões?
Em Camões coexistiu a poesia com sabor tradicional, com uma poesia cujos modelos formais e temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta. Assim, e por influência tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, trovas. Fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior). As temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são, o amor, a natureza, o ambiente palaciano e a saudade.
Da influência clássica Renascentista, Camões cultivou a medida nova fazendo uso do verso decassílabo, através da composição poética, o soneto (composto por duas quadras e dois tercetos). Nas temáticas de influência Renascentista é de salientar o amor platónico, a saudade, o destino, a beleza suprema, a mudança, o desconcerto do mundo, a mulher vista à luz do Petrarquismo e do Destino.
6. Em que consiste o Humanismo Renascentista?
O Humanismo Renascentista é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e economicas desencadeadas pelo Renascimento.
Com a ideia renascentista de “dignidade do homem”, isto é, o homem está acima da Natureza, o Humanismo coloca o homem no centro do universo e o seu estudo merece algumas considerações particulares.
Chegando ao século XVIII, o homem é concebido como um ser activo que domina a Natureza e com isso a sociedade. Embora não haja separação entre Natureza e o homem dentro do movimento humanista, o homem é diferenciado dos demais manifestando as suas diferenças na racionalidade, na moralidade, na ética, na técnica, nas artes, etc. No Humanismo o homem, é considerado o ser dominante, está sempre a aperfeiçoar-se através do desenvolvimento proporcionado pela sua racionalidade. O Humanismo tem influência em várias áreas das ciências humanas. A sua importância reside na fundamental ruptura entre a Igreja e a Ciência, carregando consigo uma visão diferenciada do homem em relação aos outros elementos naturais.
Assim, o Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Neoplatonismo, Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo, Optimismo e Individualismo. O Humanismo afirma a dignidade do homem e torna-o investigador por excelência da natureza.
BIBLIOGRAFIA: Interacções, livro 12º Português; http://pt.wikipedia.org/
Trabalho realizado por: Nuno Botica, André Loureiro, Hugo Costa e Claudio
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