Quem foi Luís de Camões?
Luís de Camões foi o poeta da língua portuguesa com mais prestígio da humanidade. Da obra que escreveu, a epopeia” Os Lusíadas” é a mais importante. Camões veio de uma família de origem galega, pela parte paterna trine to do Trovador galego Vasco Pires de Camões, e da parte materna aparentado com o navegador Vasco da Gama. Assim conta a história que Camões terá nascido entre o ano 1524 ou 1525, em Lisboa, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, pertencia á pequena nobreza. Terá frequentado o ensino superior em Coimbra.
Em 1549 e 1551 esteve em Ceuta como soldado, onde perdeu uma das suas vistas por causa de uma seta. Camões esteve envolvido em vários desentendimentos por causa de ser muito mulherengo. Camões gostava de levar uma vida boémia e ainda lhe foram atribuídos vários amores. Exemplos: Damas da Corte e até mesmo a irmã do Rei Dom Manuel Primeiro.
Em 1553 Camões, partiu para a Índia onde encontrou bastante dificuldade para atravessar o Cabo da Boa Esperança.
Camões ficou mais de dez anos em terras do Oriente, assim como ficou também na China, em Macau, e prestou serviço militar e desempenhou cargos administrativos. Camões não foi feliz na Índia, Goa foi uma decepção onde esteve preso. Conta a história que Luís de Camões terá descoberto uma gruta em Macau, onde se escondia para escrever parte dos Lusíadas.
Camões também esteve nas Costas de Moçambique, onde ficou a viver da ajuda dos amigos e em 1567 regressou a Portugal.
Em 1570 voltou para Lisboa, onde trazia consigo o manuscrito”Os Lusíadas”.
Em 1571, obteve licença da Inquisição para publicar a obra.
Camões viveu pobre e miseravelmente e assim morreu no dia 10 de Junho de 1580 e foi sepultado no Convento de Sant’Ana, o seu túmulo encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos.
Camões tem os seus géneros poéticos renascentistas, também na poesia parte da sua experiência de vida.
Camões tinha orgulho de fazer renascer a epopeia clássica para glorificar a realização dos Portugueses. A epopeia de Luís de Camões é publicada em 1572 segundo metade do séc. XVI.
O que foi o Renascimento?
O Renascimento foi uma época da história Ocidental que começou na Itália no séc. XIV e no séc. XVI, frisando essencialmente duas grandes mudanças no mundo e na cultura no final da Idade Média e no início da Idade Moderna. Foi uma imitação dos clássicos da Grécia e da Roma Antiga. O homem do renascimento, ou seja, o Humanista valoriza a observação e a experimentação e coloca o homem no Centro do Universo.
O Renascimento desenvolveu-se entre 1300 e 1650, houve um progresso com muitas realizações no campo das artes, na literatura e das ciências. Chamou-se renascimento em virtude da redescoberta e valorização das referências culturais da antiguidade clássica que nortearam as mudanças deste período em direcção a um ideal Humanista e Naturalista.
As suas características gerais são: Racionalidade, Dignidade do Ser Humano, Rigor Científico, Ideal Humanista e Reutilização das Artes Grego-Romana.
Quais as características do Classicismo?
Imitação dos gregos e latinos: Ao reverem os valores do ser humano que a igreja queria ocultar durante a idade média, os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade que se dá hoje em dia pelo nome de Classicismo. O Classicismo tem a sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas.
Universalismo: Para os clássicos a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada, a uma concepção artística transcendente, baseada no Bem, no Belo e no Verdadeiro, ou seja, valores passíveis de imitação. A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal.
Racionalismo: Implica na convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem, pela ciência e na recusa em acreditar em algo que não tenha sido provado. Esta característica do classicismo fez com que o experimentalismo e a ciência se desenvolvessem bastante.
A perfeição formal: Os autores clássicos adoptam a chamada medida nova para os seus poemas porque estavam preocupados com o equilíbrio e com a harmonia dos seus textos.
Ex: Versos decassílabos e uso frequente de sonetos. Antigamente a medida usada era a medida velha, ou seja, as redondilhas.
Elitismo: Os clássicos evitam a vulgaridade. O Classicismo tende à realização de uma arte de elite, o que reflecte à organização social da época. Ex: A aristocracia era a classe dominante.
Uso da mitologia: Virados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam com frequência cenas mitológicas que simbolizam com propriedade as emoções que o autor lhes quer dar. Ex: A imagem do Cupido simboliza o Amor.
O que é o Paganismo?
O Paganismo caracteriza-se fundamentalmente pela compreensão intuitiva da ordem intrínseca da realidade, ordem fundada sobre uma rede de correspondências que ligam o corpo, a alma e o espírito de cada homem.
No Paganismo o tempo é cíclico, existia mesmo um culto do ano com um ritual muito preciso e paradoxalmente, é possível atingir a imortalidade justamente transcendendo os ciclos, o que é impossível e impensável com o tempo linear.
Nos Lusíadas acreditava-se em vários Deuses, com mitologias pagãs, com o ideal cristão, a presença de uma mitologia de vida que explica a prática religiosa. É um termo referente às diversas formas de religiosidade que tem como lugar-comum o encontro com o divino através da Natureza.
Quais as principais temáticas da obra?
Plano da viagem: Luís de Camões considerou a descoberta do caminho marítimo para a Índia o acontecimento de maior importância para a história de Portugal.
Plano mitológico: Luís de Camões recorreu aos Deuses Pagãos para de uma forma engrandecer aos feitos dos Portugueses.
Nos Lusíadas Camões criou uma trama entre os Deuses Pagãos, ou seja, Baco não queria que os Portugueses chegassem à Índia, porque receava perder o prestígio que tinha.
Por outro lado Vénus apoiava Marte em proteger os Portugueses, porque crê que os Portugueses sejam descendentes do seu filho Eneias.
Ao longo da obra de “Os Lusíadas”, os Deuses têm várias intervenções e referem-se aos Portugueses de forma a elogiarem-nos. Mesmo tendo algumas disputas e intrigas entre os próprios Deuses, eles também queriam celebrar os Portugueses.
Plano da História de Portugal: A ideia de Camões era enaltecer “ O peito ilustre lusitano” e não apenas um ou outro dos seus representantes mais ilustres. Devendo introduzir na obra as figuras e acontecimentos que afirmaram o valor dos Portugueses.
Plano Poético: Luís de Camões ao longo da narrativa e no final de cada canto faz uma interrupção para apresentar as suas reflexões sobre assuntos diversos a propósito dos factos já narrados, que cumpria os objectivos da epopeia.
Em que consiste o Humanismo Renascentista?
O Humanismo é um movimento filosófico nascido no século XV, dentro das mudanças culturais, sociais, políticas, religiosas e económicas desencadeadas pelo Renascimento.
Com a ideia Renascentista de dignidade do homem, isto é, o homem está acima da Natureza, no centro do universo e o seu estudo merece algumas considerações particulares.
Chegando ao século XVIII, na Filosofia Moderna o homem é um ser activo que domina a Natureza e a sociedade. Embora não haja separação entre a Natureza e o homem no movimento humanista, o homem apresenta diferenças quer na racionalidade, quer na moralidade, quer na ética, quer na técnica e quer também nas artes.
No Humanismo o homem está constantemente a aperfeiçoar-se ao seu desenvolvimento derivado à sua racionalidade.
O que são versos Alexandrinos e versos Heróicos?
Versos Alexandrinos: É composto por doze sílabas. No contexto é o segundo verso mais longo, em estrofes isométricas. Apenas superado pelos versos Alexandrinos arcaicos, com catorze sílabas.
É conhecido também como Alexandrino clássico ou Alexandrino Francês. Está presente em poesias extremamente trabalhadas gramaticalmente e foneticamente, como os parnasianos, porém continuam e são utilizados largamente até aos dias de hoje.
Em Língua Portuguesa o verso Alexandrino Francês foi sistematizado por António Feliciano de Castilho e o primeiro poeta a utilizar esse verso em larga escala.
No Brasil foi Machado de Assis, ainda no período estético do romantismo.
Versos Heróicos: Consiste num verso de dez sílabas adaptado por Camões nos Lusíadas, tendo sido consagrado como medida por excelência dos poemas heróicos.
Chegou a Portugal vindo de Itália através de Sá Miranda e tornou-se num verso heróico nacional.
A sua acentuação recai geralmente na 6ª e na 10ª sílaba. Ex: Devorador incêndio alastra os ares, Enquanto a noite pesa sobre os mares (Camões).
Fontes: http: www.google.pt/. E Livro de Português 12º Ano Interacções
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