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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Glossário sobre "Os Lusíadas"


1-    Quem foi Luís de Camões
Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exactamente onde, e morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa. Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protector o seu tio paterno, D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza.
Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito - perda referida na Canção Lembrança da Longa Saudade - e outro para Constância, entre 1547 e 1550, obrigado, diz-se, por ofensas a uma certa dama da corte.
Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em 1552, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se lê numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdão quer para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava.
Segundo alguns autores, terá sido por essa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusíadas.
Na Índia parece não ter sido feliz. Goa decepcionou-o, como se pode ler no soneto Cá nesta Babilónia donde mana. Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreveu uma das mais belas canções: Junto dum seco, fero e estéril monte. Viajou de seguida para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico. Voltou a Goa, naufragou na viagem na foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado. A esta fatídica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste. Em Goa sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhando n''Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.
Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o passaporte. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas, que lhe valeu de D. Sebastião, a quem era dedicado, uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos e renovado pela última vez em 1582 a favor de sua mãe, que lhe sobreviveu.
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o Poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte. O certo é que morreu a 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."
Se a escassez de documentos e os registos autobiográficos da sua obra ajudaram a construir uma imagem lendária de poeta miserável, exilado e infeliz no amor, que foi exaltada pelos românticos (Camões, o poeta maldito, vítima do destino, incompreendido, abandonado pelo amor e solitário), uma outra faceta ressalta da sua vida. Camões terá sido de facto um homem determinado, humanista, pensador, viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbrou com a descoberta de novos mundos e de "Outro ser civilizacional". Por isso, diz Jorge de Sena: "Se pouco sabemos de Caes, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poética, já que não muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua própria experiência e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões é."
A 10 de Junho, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

2-    O que foi o Renascimento?
O Renascimento, também designado por Renascença, foi um período da história da Europa, entre os fins do século XIII e meados do século XVII. Este período foi marcado por transformações culturais, sociais, económicas, políticas e religiosas, também atingiu a Filosofia, as Artes e as Ciências, que assinalaram o final da Idade Média e o inicio da Idade Moderna.
Deram-lhe o nome de “Renascimento” devido a redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que conduziram as mudanças deste período em direcção a um ideal humanista e naturalista.
O Renascimento manifestou-se primeiro na região da Toscana, tendo como principais centros de cidades de Florença e Siena, de onde se espalhou para o resto da Península Itálica e depois para os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, Portugal e Espanha.
O Renascimento divide-se em quatro fases: uma das fases é o Trecento, correspondente ao século XIV,  que representa a preparação para o Renascimento e é um fenómeno italiano, da cidade de Florença, que é um pólo político, económico e cultural da região. Tem a característica do rompimento com imobilismo e a hierarquia da pintura medieval e a valorização do individualismo e dos detalhes humanos. A outra das fases é o Quattrocento, correspondente ao século XV, nesta fase o Renascimento espalha-se pela Península Itálica, atingindo o seu ápice. Na fase Quattrocento actuam vários artistas como, Masaccio, Mantegna, Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e Michelangelo. Tem a característica de inspiração greco-romana, racionalismo e o experimentalismo.
A última fase é o Cinquecento, corresponde ao século XVI, torna-se um movimento universal europeu. Ocorrem as primeiras manifestações maneiristas e a Contra reforma instaura o Barroco com estilo oficial da Igreja Católica.
Nas área das artes o Renascimento caracterizou-se pela inspiração nos antigos gregos e romanos e da imitação da natureza, tendo o homem um lugar privilegiado. Na área da pintura a maior conquista foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquitecturas e o ser humano através de relações geométricas. Na fase Quattrocento as representações da figura humana adquiriram solidez, poder, reflectindo o sentimento de autoconfiança de uma sociedade que se tornava muito rica e complexa. Na área da música foi a consolidação do sistema tonal, mostrando uma ilustração mais convincente das emoções e do movimento. O Renascimento foi também um período de renovação no tratamento da voz e na orquestração, no instrumental e na consolidação dos géneros e formas instrumentais. Na área da arquitectura foi a redução das construções para uma dimensão mais humana. Mas na fase Trecento o gótico continuou a dominar e o classicismo só apareceu com força no século seguinte. Na literatura a introdução de uma personagem que estruturava em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito.
O Renascimento em Portugal acontece entre os meados do século XV e finais do século XVI. Em Portugal o Renascimento nasce principalmente em termos artísticos, da mistura do estilo gótico final com as inovações do século XV.
A descoberta de novos mundos e o contacto com outras civilizações levaram a uma miscigenação cultural que se reflectiria na arte.
Os Descobrimentos desempenharam um papel muito importante na definição de Portugal renascentista. A economia portuguesa continuava a assegurar na agricultura, extracção de sal, pesca, nas exportações de vinho, azeite, fruta, mel, cortiça e madeira.
O Renascimento em Portugal der-se-ia caracterizado por um cosmopolitismo com duas vertentes, uma europeia e outra ultramarina. Os portugueses frequentavam os centros universitários europeus, pólos importantes dos novos ideais humanistas, como os de Itália, Espanha e França. Na mesma altura viriam artistas italianos, flamengos e franceses a trabalharem no nosso país. Na mesma altura obras de autores portugueses foram impressas no estrangeiro.
A arte, escultura, pintura, arquitectura, iluminadura, ourivesaria, porcelanas, mobiliário e tapeçarias, reflecte contactos através do mar, da náutica, dos povos. A arquitectura dessa época assume um carácter muito nacional, o manuelino. O estilo manuelino é um tipo decorativo que surge em Portugal nos finais do século XV e inícios do século XVI, durante o reinado de D. Manuel I. Essa variante gótica nacional recebe a designação de manuelino.
O aparecimento de uma nova literatura e o aperfeiçoamento da ciência náutica e a experiência de vida dos portugueses, no que respeita à epopeia dos Descobrimentos, constitui um dos pilares socioculturais do Renascimento português.
Toda a sociedade é atraída pela expansão ultramarina, ao mesmo tempo que nas grandes cidades e na província surgem homens de várias nacionalidades com profissões específicas, que contribuíram para a constante aprendizagem e evolução do pensamento nacional, cruzando-se muitas vezes religiões, importando-se livros e objectos de arte que influenciam uma nova mentalidade, a do Homem renascentista ou humanista.

3-    Quais as características do Classicismo?
Com a queda do Império Romano, a Europa entrou num novo período histórico, a idade média. Tendo em conta a evolução da humanidade, vários historiadores encaram esta época, como impeditiva para o progresso da raça humana, tanto na perspectiva intelectual como também cultural.
Porém com o surgimento de uma nova mentalidade, o Renascimento, a cultura greco-romana foi apreciada como apogeu da civilização. Os artistas passaram a inspirar-se nesta e nos seus exemplos, pois acreditavam que eram o expoente máximo dos ideais de beleza. Assim podemos considerar uma obra de arte clássica, quando esta respeita o rigor das formas, baseadas na harmonia, no equilíbrio e na proporção. Para além disto conferiam também uma maior importância às faculdades intelectuais de forma a atingir a harmonia perfeita entre razão e emoção. Acreditavam ainda que a felicidade e a perfeição humana eram uma meta possível neste mundo e não numa pós-vida.
Já tendo em conta a globalidade desta doutrina é possível delinear algumas características que moldam as vertentes das artes inseridas no classicismo.
Em oposição ao teocentrismo, particular da idade média, basicamente o antropocentrismo coloca em vez de deus, o homem como foco de todas as atenções. Contudo não deixa de haver a presença de entidades divinas, onde o regresso da mitologia greco-romana, convive de forma natural com as tradições cristãs herdadas da idade média. Os poetas como também serve de exemplo Luís de Camões, recorriam nas suas obras à religião pagã de forma a obter inspiração, exemplificar comportamentos e simbolizar emoções.
Exclusivamente no campo da literatura, as características do classicismo conferiam normas rígidas a serem seguidas pelos autores. Assim temos formas poéticas como o soneto, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia.
Em tom de curiosidade é importante referir que o termo classicismo, passou a implicar a postulação da validade absoluta da arte da antiguidade greco-romana.

4-    O que é o paganismo?
Pode-se dizer que, em termos religiosos, o Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza. Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e seus deuses e deusas reflectem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza.

Muitos equívocos são propagados quanto ao real sentido da palavra "paganismo", por dicionários, enciclopédias e até mesmo por seus seguidores. Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinónimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islão e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. Em outros verbetes, um "pagão" é aquele que ainda não foi baptizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.
Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adoptamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contacto directo com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antiguidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões.

Fontes:
wikipédia; café historia

5-    Quais as principais temáticas da obra?
Tendo em conta a globalidade da epopeia, Os Lusíadas, é possível aferir três temas principais.
Tendo em conta uma perspectiva de importância, logicamente que o primeiro tema é o da narração da viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia (1497-1499) por Vasco da Gama. Neste caso, Camões tendo um distanciamento temporal pode incutir a importância deste feito português tanto para a História de Portugal como para a Europeia. É de realçar que é através deste tema que são desencadeados os outros dois. Um devido ao alcance da magnitude deste feito e outro para contar a história deste povo herói.
Assim seguidamente temos a temática mitológica, onde o recurso aos deuses pagãos surgem como uma forma do poeta mostrar a grandeza desta viagem, ao ponto destes referirem-se aos portugueses de forma elogiosa e servirem de objecto de disputa.
Por último Camões dá a conhecer a História deste nobre povo, referindo todos os acontecimentos e figuras com o intuito de justificar o valor dos portugueses ao longo dos tempos. Assim introduz duas narrativas: A primeira onde Vasco da Gama dá a conhecer ao rei de Melinde onde fica Portugal na Europa, a sua História até ao reinado de D. Manuel e inclusive a própria viagem de descobrimento referindo o início da partida das naus no célebre episódio do Velho do Restelo.
A segunda já em Calecut onde uma personagem hindu, Catual, intrigado ao observar a nau de Paulo da Gama enfeitada com bandeiras e tapeçarias alusivas a figuras históricas portuguesas decide então questiona-los do propósito de tal decoração. Aqui Camões serve-se do irmão de Vasco da Gama para narrar mais episódios da História de Portugal, tais como, um dos mais belos poemas líricos ao longo da epopeia, o da morte de Inês de Castro.

6-    Em que consiste o Humanismo Renascentista?
O interesse pelo mundo clássico transbordou rapidamente  da literatura para outras disciplinas – para a arquitectura e para a escultura,  por exemplo, para a musica e para ciência. E surgiu uma filosofia baseada em todas as ideias clássicas; chamava-se Humanismo e renunciava à ênfase medieval dada a Deus e à teologia. Revolucionária observação, que conclama a um antropocentrismo em contrapartida ao teocentrismo que grassou por cerca de um milénio na Europa Ocidental. O Homem é a peça-chave, o Homem é inclusive comparado ao Todo-Poderoso já no sentido de colocar a nova mundividência em vigor. Segundo aos humanistas, muitos devotos cristãos, só podia haver um ponto de partida para o raciocínio intelectual: studia humanitatis, o estudo dos seres humanos e das suas capacidades.
Em nenhum outro local este renascimento cultural foi mais espectacular do que em Florença, «a cidade das flores». Fundada em 59 a.C. como uma colónia romana numa margem do rio Arno, Florença já dominava, no século xv, toda a província da Toscana e grande parte da Itália Central.
Foi ainda a cidade onde trabalharam uma quantidade de génios: os escultores Donatello e Miguel Ângelo; os arquitectos Brunelleschi e Alberti; o escritor  Maquiavel; os pintores Masaccio e da Vinci. Por último, mas não menos importante, Florença foi a cidade natal dos Médicis, uma família que durante 3 gerações produziu os mais destacados mecenas de arte e do ensino humanista. O Renascimento foi, de certa forma, a expressão de um movimento humanista nas Artes, Letras, Filosofia e Ciência, constituindo-se, segundo R. Mousnier, em um “prodigioso desabrochar da vida sob todas as suas formas, que teve de um modo geral suas maiores manifestações de 1490 a 1560, mas que não está preso dentro destes limites. Então, um afluxo de vitalidade fez vibrar toda a humanidade europeia. Toda a civilização da Europa transformou-se em consequência. Em sentido estreito, o Renascimento é esse elã vital nos trabalhos do espírito. É menos uma doutrina, um sistema, que um conjunto de aspirações, uma impulsão interior que transformou a vida da inteligência e a dos sentidos, o saber e a arte”.

Fontes:
Vida e Sociedade no renascimento, Time Life Books, Verbo; culturabrasil.pro.br  .

7-    O que são versos alenxandrinos?
São versos compostos por doze sílabas métricas, divididas em duas metades, chamados de hemistiquios, devendo haver no fim do primeiro, uma pausa ou censura. É o segundo verso mais longo, em estrofes isométricas, quando os versos de uma estrofe ou de um poema apresentam o mesmo número de sílabas métricas.
Os versos Alexandrinos também são conhecidos como Alexandrino Clássico ou Alexandrino Francês e estão presentes em poesias muito trabalhadas gramática e foneticamente.
O nome de Alexandrino provém do antigo poema francês Alexandre le Grand, composto por volta de 1180 por Lambert le Tort e Alexandre de Bernai. É o ritmo da poesia heróica e épica francesa, onde aparece com doze silabas e cesura depois da sexta. Na língua espanhola foi utilizado pelos poetas medievais da classe clerical nos séculos XIII e XIV. No século XX reviveram o verso Alexandrino Francês alguns poetas ibéricos como Rubén Dario, Guerra Junqueiro, Antero de Quental e os modernistas.
Na Língua Portuguesa este tipo de verso foi sistematizado por António Feliciano de Castilho e no Brasil o primeiro poeta a utilizar este verso foi o Machado de Assis, ainda no período do Romantismo.

8-    O que são versos heroícos?

O verso Heróico é um verso de dez silabas, utilizado por Luís de Camões, tendo sido aclamado como medida por excelência dos poemas heróicos.
Este tipo de verso chegou a Portugal vindo de Itália através de Sá de Miranda e tornou-se assim no verso heróico nacional. A acentuação recai geralmente na sexta e na décima sílaba.

Trabalho "Os Lusíadas"

1. Quem foi Camões?

Luís Vaz de Camões nasceu em 1524 ou 1525, provavelmente em Lisboa. Os seus pais eram Simão Vaz de Camões e Ana de Sá. Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável dos seus estudos. É considerado o maior poeta da língua portuguesa e um dos maiores da Humanidade. É o símbolo de Portugal. Além de “Os Lusíadas”, deixa uma vastíssima obra poética. Quase cinco séculos depois, a sua poesia escapa ilesa ao passar do tempo.


2. O que foi o Renascimento?

 O Renascimento foi um movimento cultural surgido em Itália no século XV que, recusando as concepções teocêntricas medievais passa a colocar o Homem no centro de todos os interesses e o seu bem-estar passa a constituir a principal preocupação. Assim, a principal característica do Renascimento é a passagem do Teocentrismo que considera Deus como o centro do Universo para o Antropocentrismo que coloca o Homem como o centro do Universo. Apesar de revolucionária no período em que surge, esta concepção da vida não era completamente nova pois já a antiga civilização greco-romana defendia a liberdade e dignidade do Homem procurando criar o "Homem ideal" do ponto de vista cívico, intelectual e físico. É devido a este "renascer" da cultura clássica que se dá o nome de Renascimento. A esta valorização do Homem através da imitação dos modelos clássicos greco-romanos é dado o nome de Humanismo.
Além dos aspectos mais filosóficos, o pensamento renascentista estendeu-se também à literatura e às artes. No caso da literatura, este foi o grande veículo de transmissão dos ideais humanistas do Renascimento. Nas artes, o Renascimento trouxe à rejeição o estilo gótico medieval de profunda inspiração religiosa, substituindo-o por um novo estilo que faz a fusão entre elementos pagãos de inspiração clássica e elementos religiosos e da vida quotidiana.


3. Quais as características do Classicismo?

As principais características do Classicismo são:
> A valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura da antigas Grécia e Roma;
> Influência do pensamento humanista;
> Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo;
> Racionalismo: valorização das explicações baseadas na ciência;
> Busca do equilíbrio, rigor e pureza formal;
> Universalismo: abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimentos humanos;
> Uso da mitologia : os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos, aparecem também nos clássicos renascentistas;
> Predomínio da razão sobre os sentimentos, expressando assim verdades universais;
> Uso de linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
> Idealismo : busca da perfeição estética, da pureza das formas e dos ideais de beleza;
> Amor Platónico : os poetas clássicos revivem a ideia de Platão, de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico;
> A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas, desprezando o particular, o individual, aquilo que é relativo.


4. O que é o Paganismo?
Paganismo, etimologicamente, refere-se ao modelo cultural e religioso do povo rural (do latim paganus = o que mora no pagus, no campo).
Paganismo, é um termo usado para se referir a várias religiões não Judaico-cristãs, no entanto, existem várias definições entre diferentes religiões entre o que pode realmente ser definido como sendo paganismo, sem consenso quanto ao que é correcto. Uns consideram que pode ser um termo que inclui todas as religiões não-abraâmicas. Outros sustentam que o catolicismo romano tem as suas raízes no paganismo, enquanto outros sustentam que o paganismo deve referir-se exclusivamente às religiões politeístas, incluindo a maioria das religiões orientais, as religiões e mitologias do povos nativos americanos. Outras definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais não organizadas em religiões civis.

Na Europa das características da religiosidade pagã, pode-se destacar:
> A sua raiz paleolítica, dos tempos de grupos nomadas de caçadores-colectores, a principal característica é uma forte ligação à terra, à Natureza, tida como sagrada e viva.
> A sua origem matriarca, há um sentimento de corresponsabilidade entre todos os membros da comunidade, ligados por laços de parentesco a uma ancestral comum.
> Esse sentimento de ancestralidade é partilhado também com a Natureza e particularmente com os seres vivos, levando a um fundamental respeito a todas as formas de vida e existência.
> A cultura Pagã tem uma relação mágica com a Natureza.
> Noção cíclica do tempo, a partir da ciclicidade dos fenómenos naturais (estações do ano, lunação, movimentos do sol, etc), em contraste à noção linear das culturas de matriz abraâmica.
> O consequente sentimento de profunda responsabilidade e parceria com a Natureza, tornando os humanos responsáveis pela continuidade do círculo.
> Profundo respeito pelos antepassados, que sacrificaram as suas vidas para que a comunidade continue a existir.
> Desenvolvimento de uma medicina natural, baseada nas qualidades curativas das ervas, baseada no poder fértil da Natureza e na relação mágica com a realidade.




5. Quais as principais temáticas da obra de Camões?

Em Camões coexistiu a poesia com sabor tradicional, com uma poesia cujos modelos formais e temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta. Assim, e por influência tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, trovas. Fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior). As temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são, o amor, a natureza, o ambiente palaciano e a saudade.
Da influência clássica Renascentista, Camões cultivou a medida nova fazendo uso do verso decassílabo, através da composição poética, o soneto (composto por duas quadras e dois tercetos). Nas temáticas de influência Renascentista é de salientar o amor platónico, a saudade, o destino, a beleza suprema, a mudança, o desconcerto do mundo, a mulher vista à luz do Petrarquismo e do Destino.




6. Em que consiste o Humanismo Renascentista?

O Humanismo Renascentista é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e economicas desencadeadas pelo Renascimento.
Com a ideia renascentista de “dignidade do homem”, isto é, o homem está acima da Natureza, o Humanismo coloca o homem no centro do universo e o seu estudo merece algumas considerações particulares.
Chegando ao século XVIII, o homem é concebido como um ser activo que domina a Natureza e com isso a sociedade. Embora não haja separação entre Natureza e o homem dentro do movimento humanista, o homem é diferenciado dos demais manifestando as suas diferenças na racionalidade, na moralidade, na ética, na técnica, nas artes, etc. No Humanismo o homem, é considerado o ser dominante, está sempre a aperfeiçoar-se através do desenvolvimento proporcionado pela sua racionalidade. O Humanismo tem influência em várias áreas das ciências humanas. A sua importância reside na fundamental ruptura entre a Igreja e a Ciência, carregando consigo uma visão diferenciada do homem em relação aos outros elementos naturais.
Assim, o Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Neoplatonismo, Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo, Optimismo e Individualismo. O Humanismo afirma a dignidade do homem e torna-o investigador por excelência da natureza.

BIBLIOGRAFIA: Interacções, livro 12º Português; http://pt.wikipedia.org/

Trabalho realizado por: Nuno Botica, André Loureiro, Hugo Costa e Claudio

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Trabalho dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões

Quem foi Luís de Camões?


Luís de Camões foi o poeta da língua portuguesa com mais prestígio da humanidade. Da obra que escreveu, a epopeia” Os Lusíadas” é a mais importante. Camões veio de uma família de origem galega, pela parte paterna trine to do Trovador galego Vasco Pires de Camões, e da parte materna aparentado com o navegador Vasco da Gama. Assim conta a história que Camões terá nascido entre o ano 1524 ou 1525, em Lisboa, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, pertencia á pequena nobreza. Terá frequentado o ensino superior em Coimbra.

Em 1549 e 1551 esteve em Ceuta como soldado, onde perdeu uma das suas vistas por causa de uma seta. Camões esteve envolvido em vários desentendimentos por causa de ser muito mulherengo. Camões gostava de levar uma vida boémia e ainda lhe foram atribuídos vários amores. Exemplos: Damas da Corte e até mesmo a irmã do Rei Dom Manuel Primeiro.

Em 1553 Camões, partiu para a Índia onde encontrou bastante dificuldade para atravessar o Cabo da Boa Esperança.

Camões ficou mais de dez anos em terras do Oriente, assim como ficou também na China, em Macau, e prestou serviço militar e desempenhou cargos administrativos. Camões não foi feliz na Índia, Goa foi uma decepção onde esteve preso. Conta a história que Luís de Camões terá descoberto uma gruta em Macau, onde se escondia para escrever parte dos Lusíadas.

Camões também esteve nas Costas de Moçambique, onde ficou a viver da ajuda dos amigos e em 1567 regressou a Portugal.

Em 1570 voltou para Lisboa, onde trazia consigo o manuscrito”Os Lusíadas”.

Em 1571, obteve licença da Inquisição para publicar a obra.

Camões viveu pobre e miseravelmente e assim morreu no dia 10 de Junho de 1580 e foi sepultado no Convento de Sant’Ana, o seu túmulo encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos.

Camões tem os seus géneros poéticos renascentistas, também na poesia parte da sua experiência de vida.

Camões tinha orgulho de fazer renascer a epopeia clássica para glorificar a realização dos Portugueses. A epopeia de Luís de Camões é publicada em 1572 segundo metade do séc. XVI.


O que foi o Renascimento?

O Renascimento foi uma época da história Ocidental que começou na Itália no séc. XIV e no séc. XVI, frisando essencialmente duas grandes mudanças no mundo e na cultura no final da Idade Média e no início da Idade Moderna. Foi uma imitação dos clássicos da Grécia e da Roma Antiga. O homem do renascimento, ou seja, o Humanista valoriza a observação e a experimentação e coloca o homem no Centro do Universo.

O Renascimento desenvolveu-se entre 1300 e 1650, houve um progresso com muitas realizações no campo das artes, na literatura e das ciências. Chamou-se renascimento em virtude da redescoberta e valorização das referências culturais da antiguidade clássica que nortearam as mudanças deste período em direcção a um ideal Humanista e Naturalista.

As suas características gerais são: Racionalidade, Dignidade do Ser Humano, Rigor Científico, Ideal Humanista e Reutilização das Artes Grego-Romana.


Quais as características do Classicismo?

Imitação dos gregos e latinos: Ao reverem os valores do ser humano que a igreja queria ocultar durante a idade média, os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade que se dá hoje em dia pelo nome de Classicismo. O Classicismo tem a sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas.



Universalismo: Para os clássicos a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada, a uma concepção artística transcendente, baseada no Bem, no Belo e no Verdadeiro, ou seja, valores passíveis de imitação. A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal.



Racionalismo: Implica na convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem, pela ciência e na recusa em acreditar em algo que não tenha sido provado. Esta característica do classicismo fez com que o experimentalismo e a ciência se desenvolvessem bastante.



A perfeição formal: Os autores clássicos adoptam a chamada medida nova para os seus poemas porque estavam preocupados com o equilíbrio e com a harmonia dos seus textos.

Ex: Versos decassílabos e uso frequente de sonetos. Antigamente a medida usada era a medida velha, ou seja, as redondilhas.



Elitismo: Os clássicos evitam a vulgaridade. O Classicismo tende à realização de uma arte de elite, o que reflecte à organização social da época. Ex: A aristocracia era a classe dominante.



Uso da mitologia: Virados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam com frequência cenas mitológicas que simbolizam com propriedade as emoções que o autor lhes quer dar. Ex: A imagem do Cupido simboliza o Amor.


O que é o Paganismo?

O Paganismo caracteriza-se fundamentalmente pela compreensão intuitiva da ordem intrínseca da realidade, ordem fundada sobre uma rede de correspondências que ligam o corpo, a alma e o espírito de cada homem.

No Paganismo o tempo é cíclico, existia mesmo um culto do ano com um ritual muito preciso e paradoxalmente, é possível atingir a imortalidade justamente transcendendo os ciclos, o que é impossível e impensável com o tempo linear.

Nos Lusíadas acreditava-se em vários Deuses, com mitologias pagãs, com o ideal cristão, a presença de uma mitologia de vida que explica a prática religiosa. É um termo referente às diversas formas de religiosidade que tem como lugar-comum o encontro com o divino através da Natureza.


Quais as principais temáticas da obra?

Plano da viagem: Luís de Camões considerou a descoberta do caminho marítimo para a Índia o acontecimento de maior importância para a história de Portugal.



Plano mitológico: Luís de Camões recorreu aos Deuses Pagãos para de uma forma engrandecer aos feitos dos Portugueses.

Nos Lusíadas Camões criou uma trama entre os Deuses Pagãos, ou seja, Baco não queria que os Portugueses chegassem à Índia, porque receava perder o prestígio que tinha.

Por outro lado Vénus apoiava Marte em proteger os Portugueses, porque crê que os Portugueses sejam descendentes do seu filho Eneias.

Ao longo da obra de “Os Lusíadas”, os Deuses têm várias intervenções e referem-se aos Portugueses de forma a elogiarem-nos. Mesmo tendo algumas disputas e intrigas entre os próprios Deuses, eles também queriam celebrar os Portugueses.



Plano da História de Portugal: A ideia de Camões era enaltecer “ O peito ilustre lusitano” e não apenas um ou outro dos seus representantes mais ilustres. Devendo introduzir na obra as figuras e acontecimentos que afirmaram o valor dos Portugueses.



Plano Poético: Luís de Camões ao longo da narrativa e no final de cada canto faz uma interrupção para apresentar as suas reflexões sobre assuntos diversos a propósito dos factos já narrados, que cumpria os objectivos da epopeia.


Em que consiste o Humanismo Renascentista?

O Humanismo é um movimento filosófico nascido no século XV, dentro das mudanças culturais, sociais, políticas, religiosas e económicas desencadeadas pelo Renascimento.

Com a ideia Renascentista de dignidade do homem, isto é, o homem está acima da Natureza, no centro do universo e o seu estudo merece algumas considerações particulares.

Chegando ao século XVIII, na Filosofia Moderna o homem é um ser activo que domina a Natureza e a sociedade. Embora não haja separação entre a Natureza e o homem no movimento humanista, o homem apresenta diferenças quer na racionalidade, quer na moralidade, quer na ética, quer na técnica e quer também nas artes.

No Humanismo o homem está constantemente a aperfeiçoar-se ao seu desenvolvimento derivado à sua racionalidade.



O que são versos Alexandrinos e versos Heróicos?

Versos Alexandrinos: É composto por doze sílabas. No contexto é o segundo verso mais longo, em estrofes isométricas. Apenas superado pelos versos Alexandrinos arcaicos, com catorze sílabas.

É conhecido também como Alexandrino clássico ou Alexandrino Francês. Está presente em poesias extremamente trabalhadas gramaticalmente e foneticamente, como os parnasianos, porém continuam e são utilizados largamente até aos dias de hoje.

Em Língua Portuguesa o verso Alexandrino Francês foi sistematizado por António Feliciano de Castilho e o primeiro poeta a utilizar esse verso em larga escala.

No Brasil foi Machado de Assis, ainda no período estético do romantismo.



Versos Heróicos: Consiste num verso de dez sílabas adaptado por Camões nos Lusíadas, tendo sido consagrado como medida por excelência dos poemas heróicos.

Chegou a Portugal vindo de Itália através de Sá Miranda e tornou-se num verso heróico nacional.

A sua acentuação recai geralmente na 6ª e na 10ª sílaba. Ex: Devorador incêndio alastra os ares, Enquanto a noite pesa sobre os mares (Camões).

Fontes: http: www.google.pt/. E Livro de Português 12º Ano Interacções

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Biografia

O caminho Marítimo para a Índia

O vídeo foi introduzido por Carlos Martins e Carlos Alves

Glossário d'"Os Lusíadas"

Biografia de Luís Vaz de Camões





O poeta Luís Vaz de Camões nasceu por volta de 1524/1525, não existindo ideia exacta do ano, nem muito menos o local onde o mesmo nasceu, mas historiadores falam em Lisboa ou Coimbra.
Camões é filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá Macedo, família nobre de origens galegas, oriundos do concelho de Chaves, na freguesia de Vilar de Nantes.
Supõem-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protector o seu tio D.Bento de Camões, sacerdote e sábio, que ajudava Camões nos seus estudos.
Camões antes de finalizar o seu curso, ruma ate a capital de Portugal, com o intuito de conhecer melhor a cidade e conhecer melhor a sua história.
Como qualquer grande patriota, o mesmo alistou-se no “exército” e defendeu Portugal nas guerras em África e Ásia.
Em 1547, Camões partiu para Ceuta, depois de ter permanecido na corte de 1542 a 1545, foi em Ceuta que perdeu um olho, enquanto lutava a favor de D. João III.
Três anos volvidos, Luís Vaz de Camões regressou a Portugal. Camões disputou vários duelos e num deles contra Gonçalo Borges, Camões feriu Gonçalo e isso custou-lhe um ano de prisão no tronco, e supõem-se que foi ai que ele compôs o primeiro canto da sua obra mítica “Os Lusíadas”.
Em 1553, foi libertado com a promessa do mesmo embarcar para a Índia como homem de guerra, e assim embarcou para Goa.
Foi em Goa que o mesmo escreveu o “Auto do Filodeno”.
Da Índia deslocou-se para Macau.
Em 1569 regressou a Lisboa, em 1572 publicou “Os Lusíadas”.
Luís Vaz de Camões faleceu a 10 de Junho de 1580 em Lisboa, ficando este dia como o dia de Portugal, sendo feriado nacional. Os historiadores acham que a sua campa se situava na Igreja de Santa Ana, que mais tarde foi destruída com o terramoto que atingiu Lisboa em 1775.

Actualmente, o túmulo onde estão guardadas as cinzas de Luís Vaz de Camões, situa-se no Mosteiro dos Jerónimos em Belém


“Aqui Jaz Luís de Camões Príncipe dos poetas de seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu”

Fontes:www.camoes9a.no.sapo.pt;www.notapositiva.com;www.pt.wikipedia; www.oslusiadas.no.sapo.pt;


Verso Heróico - Era um verso que foi adaptado por Luís de Camões nos Lusíadas, era um verso constituído por dez sílabas, ou seja, era um decassílabo. O verso Heróico era representado por sílabas tónicas nas posições 6 e 10. Este verso decassílabo consagrava os poemas heróicos, era uma poesia nobre, que visava consagrar os feitos heróicos da navegação portuguesa.

Fontes: www.infopedia.pt; www.wikipedia.pt


Verso Alexandrino - O verso Alexandrino também é conhecido como Alexandrino Francês ou Alexandrino Clássico. Segundo os críticos o verso Alexandrino é considerado o verso mais complicado e mais difícil da conceituada língua portuguesa verso Alexandrino é também considerado o verso mais extenso em estrofes isométricas. O verso Alexandrino é um verso dodecassílabo, ou seja, um verso constituído por 12 sílabas métricas e com uma tonicidade nas sílabas 4,8 e 12. O verso Alexandrino também pode ser considerado a união de dois versos de 6 sílabas cada um, ficando o primeiro verso com uma terminação aguda ou grave, por isso os hexassílabos se chamam hemistiquio, por isso a sexta sílaba do alexandrino é sempre acentuada.

Fontes:www.geocities.com;www.wikipedia.pt;www.lunaeamigos.com.br; www.clubedapoesia.com.br


Classicismo

O Classicismo teve origem na Itália no século XIV e apogeu no final do século XVI.
O inicio do classicismo lusitano, começou em 1527 a quando o escritor Sá de Miranda regressa de uma viagem que o mesmo efectuou a Itália, de onde o mesmo trouxe as ideias de renovação literária como as novas formas de composição poética, como por exemplo o soneto. O período do classicismo acaba em 1580, sendo este o ano da morte do grande poeta Luís Vaz de Camões e do domínio de Espanha sobre Portugal.
O classicismo nasce na consequência do renascimento, e foi um marco importante do nascimento da idade moderna. Sá Miranda traz até Portugal um novo ideal de poesia, á media nova, os sonetos de versos decassílabos, já cultivados por Dante Alighieri e Petraca na Itália.
O classicismo era uma junção de vários caracteres estéticos, obtendo e definindo o estilo cultural literário e artístico de uma época, como por oposição ao romântico e ao barroco.
O classicismo foi uma época de grandes evoluções económicas, políticas e culturais, uma época de transformações e existiam inúmeros factores para isso, tais como a invenção da imprensa o que originou mais conhecimento para a população e claro contribuiu para a divulgação das obras de vários autores gregos e latinos, as grandes navegações e a constante crise religiosa.
Os principais autores do período clássico foram: Sá de Miranda, Luís Vaz de Camões, Fernão Cardim, Damião de Góis, Fernão Mendes Pinto, entre muitos outros.
O classicismo também tinha as suas características tais como:

 Imitação dos autores clássicos gregos e romanos do passado.

 A utilização da mitologia.

 A predominação da razão sobre os sentimentos.

 Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excessos de figuras literárias.

 O Idealismo.

 O Amor Platónico.

 A busca da Universalidade e Impessoalidade.


Fontes: www.micropic.com.b r; www.resumosdeliteratura.blogspot.com ; www.pt.wikipedia.org ; www.infoescola.com ; www.juliobattisti.com.br;

Paganismo

O conceito de paganismo deriva do latim “paganus”, que quer dizer homem do campo.
O pagão era um ser crente e procurava divulgar a sua doutrina e a noção de paganismo enquanto caminho religioso.
Paganismo era uma religião como todas as outras, que se baseava em tradições e devoções á natureza e aos deuses.
Para um seguidor do paganismo toda a natureza é sagrada e viva.
O paganismo era um conjunto de varias religiões de carácter não judaico-cristão, o seguidor do paganismo é um ser que consegue fazer a divisão divina entre o bem e o mal.
O pagão passa a sua vida a procura de compreender o que esta acima de si “os deuses”, mas tem de conhecer o que esta abaixo de si, primeiro que é a natureza e os seus semelhantes.

Fontes:www.mortesubita.org;www.pt.wikipedia;www.templodeavalon.com; www.casadobruxo.com.br;


Renascimento

O renascimento surgiu no Século XV na Itália, nomeadamente em Florença, Génova e Veneza.
O renascimento é um movimento cultural que se expandiu por toda a Europa, nos Séculos XV e XVI, a nível social, económico, político e religioso.
Na época renascentista as cortes europeias como desejavam notoriedade, investiam na arte e na moda, desta forma os artistas construíam palácios e igrejas, faziam esculturas e pinturas do rei e de elementos da sua família.

Fontes: www.jpvasc.no.sapo.pt;



Humanismo Renascentista

O humanismo Renascentista é um movimento filosófico que surgiu no século XV devido as transformações culturais, politicas, económicas, sociais e religiosas que ocorreram naquela época.
O humanismo renascentista privilegiava a dignidade humana porque consideravam que o homem se encontrava no centro do universo (Antropocentrismo).

Fontes: www.scribd.com



Temáticas da Obra


A obra “Os Lusíadas”, contem como em todas as obras literárias, uma estrutura externa e interna.
Em relação a estrutura externa, esta obra divide-se em dez cantos, em cada canto existe um número variável de estâncias, todas somadas dá um total de 1102, tendo em média cada canto 110 estâncias, sendo o mais longo, o canto 10 com 156 estâncias.
As estâncias são oitavas, ou seja, constituídas por oito versos e cada verso constituído por 10 sílabas métricas (decassílabo).
Em relação ao esquema rimático, cada estância é constituída por rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos últimos dois versos (ABABABCC).
A estrutura interna é composta por três partes: Introdução (proposição, invocação e dedicatória), Desenvolvimento (narração, contem quatro planos da narrativa) e Conclusão (dedicatória 2º parte).
Relativamente a Introdução a mesma é composta como já escrevi por proposição, invocação e dedicatória.
A proposição é quando o poeta começa a sua obra, a cantar aos navegadores lusitanos, as suas vitórias e conquistas que obtiveram no Oriente, na África e Ásia, apresentando assim a matéria do poema.
A invocação, é quando o poeta pede auxilio as figuras mitológicas (ninfas) para lhe darem inspiração.
A dedicatória é quando o poeta, dedica o poema a D. Sebastião.
Em relação ao desenvolvimento, esta contem a narração, que é narrada “in media rés”, ou seja, no decorrer dos acontecimentos, narrando a acção por ordem cronológica.
A narração é constituída pelas quatro narrativas, que são os planos temáticos da obra, sendo eles o plano da viagem, plano da historia de Portugal, plano do poeta e plano dos deuses.
O plano da viagem é quando é narrada as peripécias que ocorrem entre Lisboa e Calecut, iniciando se a viagem a dia 8 de Julho de 1497, chegando a Calecut a 18 de Maio de 19498 e o regresso a Lisboa iniciou-se a 29 de Agosto de 1498 chegando a Lisboa a 29 de Agosto de 1499.
O plano da história de Portugal, é quando Vasco da Gama relata ao Rei de Melinde os acontecimentos da história de Portugal desde Viriato ate ao reinado de D.Manuel I.
O plano dos Deuses, é quando é narrado as influencias e as intervenções que os deuses mitológicos obteram na acção dos heróis portugueses.
O plano do poeta, é quando o próprio autor exprime a sua opinião relativamente a obra, notando-se principalmente no inicio e no fim de cada canto.
Em relação a conclusão é constituída pela dedicatória, que é quando o poeta volta a dedicar o poema a D.Sebastiao.

Fontes: www.pt.wikipedia; www.infoescola.com ; www.geocities.com; Livro Interacções Português B 12ºAno

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Resumo dos Cantos

Canto I

O poeta apresenta o assunto global da obra, pede inspiração às ninfas do Tejo e dedica o poema ao Rei D. Sebastião. Na estância 19 inicia a narração da viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, comandada por Vasco da Gama, referindo brevemente que a Armada já se encontra no Oceano Índico no momento em que os deuses do Olimpo se reuniram em Concílio, convocado por Júpiter, para decidirem a sorte dos Portugueses.

Com o apoio de Vénus e Marte, e apesar da oposição de Baco, a decisão é favorável aos Portugueses que, entretanto, chegam à Ilha de Moçambique. Aí Baco prepara-lhes várias ciladas que culminam com o aparecimento de um piloto, por ele instruído para os conduzir ao perigoso porto de Quíloa. Vénus intervém afastando a armada do perigo e fazendo-a retomar o caminho certo até Mombaça. No final do Canto, o poeta reflecte acerca dos perigos que sempre espreitam o Homem.



Canto II

O rei de Mombaça, influenciado por Baco, convida os Portugueses a entrar no porto para os destruir. Vasco da Gama, ignorando estas intenções, aceita o convite pois os dois condenados que mandara a terra colher informações tinham regressado com a notícia de ser aquela uma terra de cristãos. Na verdade, tinham sido enganados por Baco, disfarçado de sacerdote. Vénus, ajudada pelas Nereidas, afasta a Armada, da qual se põem em fuga os emissários do Rei de Mombaça e o falso piloto.

Vasco da Gama, apercebendo-se do perigo que corria, dirige uma prece a Deus mas é Vénus quem o ouve e vai interceder junto de Júpiter para que proteja os Portugueses. Ele acede ao seu pedido e, para a consolar, profetiza futuras glórias aos Lusitanos. Na sequência do pedido, Mercúrio é enviado a terra e, em sonhos, indica a Vasco da Gama o caminho até Melinde onde lhes prepara uma calorosa recepção. A chegada dos Portugueses a Melinde é efectivamente saudada com festejos e o Rei desta cidade visita a Armada, pedindo a Vasco da Gama que lhe conte a história do seu país.



Canto III

Invocação a Calíope, musa da poesia épica.
Vasco da Gama inicia a narrativa da História de Portugalao rei de Melinde. Começa pela localização de Portugal na Europa e narra a época da história de Luso a Viriato. Segue-se a formação da nacionalidade e depois a enumeração dos feitos guerreiros dos Reis da 1.ª Dinastia, de D. Afonso Henriques a D. Fernando.

Destacam-se os episódios de Egas Moniz, Batalha de Ourique, no reinado de D. Afonso Henriques, e o da Formosíssima Maria, da Batalha do Salado e de Inês de Castro, no reinado de D. Afonso IV.



Canto IV

Vasco da Gama prossegue a narrativa da História de Portugal. Conta agora a história da 2.ª Dinastia, desde a revolução de 1383-85 até ao momento do reinado de D. Manuel em que a Armada de Vasco da Gama parte para a Índia.

Após a narrativa da Revolução de 1383-85, que foca principalmente a figura de Nuno Álvares Pereira e a Batalha de Aljubarrota, seguem-se os acontecimentos do reinado de D. João II, sobretudo os relacionados com a expansão para África.

É assim que surge a narração dos preparativos da viagem para a Índia, objectivo que D. João II não conseguira concretizar e seria realizado no reinado de D. Manuel, a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando as futuras glórias do Oriente. Este canto termina com a partida da Armada, cujos navegantes são surpreendidos pelo discurso pessimista de um velho que estava na praia, entre a multidão - episódio do Velho do Restelo.



Canto V

Vasco da Gama prossegue a sua narrativa ao Rei de Melinde, contando agora a viagem da Armada de Lisboa até Melinde.

É a narrativa da grande aventura marítima, em que os marinheiros observaram maravilhados ou inquietos o Cruzeiro do Sul, o Fogo de Santelmo ou a Tromba Marítima e enfrentaram perigos e obstáculos enormes como a hostilidade dos nativos, no episódio de Fernão Veloso, a fúria de um monstro, no episódio do Gigante Adamastor, a doença e a morte provocadas pelo escorbuto.

O canto termina com a censura do poeta aos seus contemporâneos que desprezam a poesia.

Canto VI

Finda a narrativa de Vasco da Gama, a Armada sai de Melinde guiada por um piloto que deverá conduzi-la até Calecut.

Baco, vendo que os portugueses estão prestes a chegar à Índia, resolve pedir ajuda a Neptuno. Este convoca um Concílio dos Deuses Marinhos que decide apoiar Baco e soltar os ventos para fazer afundar a Armada. É então que, enquanto os marinheiros matam despreocupadamente o tempo ouvindo Fernão Veloso contar o episódio lendário e cavaleiresco de Os Doze de Inglaterra, surge uma violenta tempestade.

Vasco da Gama, vendo as suas caravelas quase perdidas, dirige uma prece a Deus e, mais uma vez, é Vénus que ajuda os Portugueses, enviando as Ninfas para seduzir e acalmar os ventos.

Dissipada a tempestade, a Armada avista Calecut e Vasco da Gama agradece a Deus.
O canto termina com considerações do Poeta sobre o valor da fama e da glória conseguidas através de grandes feitos.



Canto VII

Chegada dos nautas a Calecut.
O poeta elogia o espírito de cruzada da expansão portuguesa, criticando as nações europeias que não seguem o seu exemplo.
Após a descrição da Índia, narra os primeiros contactos dos portugueses com os indianos, através de um mensageiro enviado por Vasco da Gama a anunciar a sua chegada.

O mouro Monçaíde visita a nau de Vasco da Gama e descreve Malabar, após o que o Capitão e outros nobres portugueses desembarcam e são recebidos pelo Catual e depois pelo Samorim. O Catual visita a Armada e pede a Paulo da Gama que lhe explique o significado das figuras das bandeiras portuguesas.
O poeta invoca as Ninfas do Tejo e do Mondego, ao mesmo tempo que critica duramente os opressores e exploradores do povo.



Canto VIII

Paulo da Gama explica ao Catual o significado dos símbolos das bandeiras portuguesas, contando-lhe os episódios da História de Portugal nelas representados. Baco intervém de novo contra os portugueses, aparecendo em sonhos a um sacerdote brâmane e instigando-o com a informação de que viriam com o intuito da pilhagem.

O Samorim interroga Vasco da Gama, que acaba por regressar às naus, mas é retido no caminho pelo Catual subornado, que apenas deixa partir os portugueses depois destes lhes entregarem as fazendas que traziam. O poeta tece considerações sobre o vil poder do ouro.



Canto IX

Após vencerem algumas dificuldades, os portugueses saem de Calecut, iniciando a viagem de regresso à Pátria. Vénus decide preparar uma recompensa para os marinheiros, fazendo-os chegar à Ilha dos Amores. Para isso, manda o seu filho cúpido desfechar setas sobre as Ninfas que, feridas de Amor e pela Deusa instruídas, receberão apaixonadas os Portugueses.

A Armada avista a Ilha dos Amores e, quando os marinheiros desembarcam para caçar, vêem as ninfas que se deixam perseguir e depois seduzir. Tétis explica a Vasco da Gama a razão daquele encontro (prémio merecido pelos “longos trabalhos”), referindo as futuras glórias que lhe serão dadas a conhecer. Após a explicação da simbologia da Ilha, o poeta termina, tecendo considerações sobre a forma de alcançar a Fama.



Canto X

As Ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Após uma invocação do poeta a Calíope, uma ninfa faz profecias sobre as futuras vitórias dos portugueses no Oriente. Tétis conduz Vasco da Gama ao cume de um monte para lhe mostrar a Máquina do Mundo e indicar nela os lugares onde chegará o império português. Os portugueses despedem-se e regressam a Portugal.

O poeta termina, lamentando-se pelo seu destino infeliz de poeta incompreendido por aqueles a quem canta e exortando o Rei D. Sebastião a continuar a glória dos Portugueses.

Resostas às perguntas 1 a 7

1- Quem foi Luís de Camões?

Luís de Camões foi o maior poeta português, é dele a maior obra de arte da literatura portuguesa. Camões nasceu em 1524 ou 1525, em Lisboa ou em Coimbra (não há certeza quanto à data e o local), existe no entanto uma fonte que lhe atribui a data de nascimento a 1517, nomeadamente o padre Manuel Correia, amigo pessoal de Camões.
Camões era filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Macedo, era de família nobre e nasceu no reinado de D. Fernando, a sua educação foi pautada sobre a égide do humanismo, estudou em Coimbra, durante dez anos (1531-1541), mas antes de finalizar o curso viajou para Lisboa, com o intuito de conhecer melhor a capital do seu país, uma vez que Camões adorava história.
Como era fidalgo tinha direito a frequentar a corte, e é lá que conhece Dona Catarina de Ataíde que ele queria que fosse sua esposa (era a Natércia de alguns dos seus poemas), no entanto tal desejo nunca se realizou devido a várias divergências na sua vida.
Por ordem do Rei, Camões foi exilado em Constância onde permaneceu cerca de 2 anos, é nessa altura que se alistou como soldado, partindo depois para Ceuta. Nessa viagem consagra a valentia do povo português ao sentir os difíceis obstáculos dessa travessia.
Como grande patriota que foi, participou nas guerras de África (onde perdeu o olho direito, mais precisamente em Ceuta) e na Ásia.
Ao regressar a Portugal, em 1550, continuaram os seus problemas pessoais devido ao seu género irreverente e boémio, onde devido a conflitos foi novamente preso mais um ano, é nesse período de isolamento que se pensa que escreveu o primeiro canto da sua obra.
Obteve a liberdade sob promessa que embarcaria para a Índia como simples homem de guerra, partiu para Goa em 1553.
Da Índia foi para Macau, onde conheceu Jau António, companheiro que esteve ao seu lado até à sua morte.
É na viagem de regresso, na passagem pelo Cabo da Boa esperança e em todas as outras paragens que levaram Camões a glorificar na sua obra os lugares por onde a armada de Vasco da Gama tinha passado.
Publicou “Os Lusíadas” em 1572. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis, que só recebeu durante 3 anos, faleceu em Lisboa, na miséria, em 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro realizado por uma instituição de beneficência, a Companhia dos cortesãos.

Fonte: http://wikipedia.org

2- O que foi o renascimento?

O Renascimento foi um movimento cultural que em articulação com factores sociais, económicos, políticos e religiosos, criou uma dinâmica de mudança na Europa dos séculos XV e XVI.
Nasceu em Itália no século XV, em cidades como Florença, Génova e Veneza. Viria a expandir-se por toda a Europa onde atingiu o seu ponto máximo nas primeiras décadas do século XVI.
Foi um tempo de cortes luxuosas, de poder centralizado, e de estados poderosos, os reis e os papas rodearam-se de artistas que lhes construíram palácios e igrejas que depois enchiam de pinturas e esculturas, contendo na sua maioria o seu patrono ou dos seus familiares.
Os artistas e os intelectuais de então estabeleceram uma autêntica rede de contactos internacionais, através das viagens e da troca de correspondência, o que conferiu ao Renascimento um carácter universalista, pelo menos na Europa.

Fonte: http://jpvasc.no.sapo.pt

3- Quais as características do Classicismo

O Classicismo teve início em Itália no século XIV, atingindo o seu ponto mais alto no final do século XVI.
Espalhou-se pela Europa rapidamente, com a criação da imprensa as informações eram divulgadas com maior rapidez. Ocorreu dentro de um enorme momento histórico social, o Renascimento.
É uma literatura antiga que sofreu várias influências, principalmente da greco-latina, devido à criação das primeiras universidades que surgiram nessa época, disseminando assim outras culturas.

Fonte: http://jpvasc.no.sapo.pt

4- O que é o paganismo?

Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza, onde toda a natureza é viva e sagrada, os seus deuses e deusas reflectem essa crença oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a natureza. Além da crença nos Deuses é também a crença na civilização da Grécia antiga.

Fonte: www.casadobruxo.com.br

5- Quais as principais temáticas da obra?

As principais temáticas da obra são; o plano da viagem, o plano mitológico, o plano da História de Portugal e o plano do poeta.


6- Em que consiste o Humanismo renascentista?

O Humanismo renascentista consiste num movimento filosófico que surgiu no século XV dentro das transformações culturais, sociais, religiosas e económicas desencadeadas pelo Renascimento.
Apoiado na ideia renascentista onde privilegiava a dignidade humana porque o homem se superava à Natureza, onde o Humanismo o coloca no centro do Universo (Antropocentrismo).

Fonte: www.scribd.com

7- O que são versos alexandrinos e versos heróicos?

Versos alexandrinos são versos com doze sílabas (dodecassílabos) com acentos na 6ª. e 12ª. sílaba, foram muito usados na época clássica em estrofes de dois versos (dísticos).
Versos heróicos são versos decassílabos, designação dada aos versos com 10 sílabas métricas. São designados heróicos porque a acentuação é feita na 6ª. e 10ª. sílaba. Foram utilizados por Camões em “Os Lusíadas”, onde todos os 8816 versos da obra são decassílabos heróicos.

Fonte: Gramática de Português – Plátano Editora – pág. 254.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Teste das mensagens do blog.