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segunda-feira, 1 de março de 2010

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Quem foi luís de Camões?
Luís de Camões foi um poeta português cuja as suas informações sobre a sua biografia são relativamente escassas e pouco seguras, a própria data do seu nascimento, assim como o local, é incerta, tendo sido deduzida a partir de uma carta de perdão real de 1553. Luís Vaz de Camões é autor de Os Lusíadas, considerada uma das obras mais importantes da literatura portuguesa. De família da pequena nobreza, ingressa no Exército da coroa de Portugal e participa da guerra contra Ceuta, no Marrocos, durante a qual perde o olho direito. Boémio, de volta a Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. No ano seguinte, o historiador Diogo do Couto, amigo do poeta, encontrou-o em Moçambique, onde vivia na penúria. Juntamente com outros antigos companheiros, conseguiu o seu regresso a Portugal, onde desembarcou em 1570. Dois anos depois, D. Sebastião concedeu-lhe uma tença, recompensando os seus serviços no Oriente e o poema épico que entretanto publicara, Os Lusíadas. Camões morreu a 10 de Junho de 1580, ao que se diz, na miséria. No entanto, é difícil distinguir aquilo que é realidade, daquilo que é mito e lenda romântica, criados em torno da sua vida.


O que foi o renascimento?
O renascimento é um movimento cultural que se desenvolve em Itália. O renascimento é um movimento de renovação das artes e das letras, do pensamento, das ciências e do ensino, que originou profundas transformações sociais, políticas e económicas nos países da Europa. O Humanismo é o fundamental cultural do Renascimento: consiste no estudo das humanidades, das litterae humaniores, isto é, no estudo da gramática, da retórica, da poética, da história e da filosofia moral; no conhecimento da língua grega e no conhecimento e no culto dos autores gregos e latinos, cujas obras foram em muitos casos redescobertas, estudadas e editadas com rigor filológico, lidas e interpretadas de modo novo.


Quais as características do classicismo?
O classicismo tem sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas. Na Idade Média, esses textos eram reproduzidos nos conventos e difundidos entre os estudiosos, mas passavam por uma censura religiosa, que só mantinha os aspectos que não feriam a moral cristã. Com o Renascimento, houve um retorno a esses textos, mas em sua versão original, completa.
Foi da Arte Poética de Aristóteles que os artistas do Classicismo retiraram o conceito de imitação. Segundo Aristóteles, a poesia devia imitar a perfeição da natureza ou da sociedade ideal, além de retomar ideias de outros poetas, reconhecidamente importantes por sua obra. Não se trata de copiar outros autores, e sim de assemelhar-se à sua obra.

O que é paganismo?
O paganismo caracteriza-se fundamentalmente pela compreensão intuitiva da ordem intrínseca da realidade, ordem fundada sobre uma rede de correspondências que ligam o corpo, a alma e o espírito de cada homem, sujeito dos fenómenos, a uma ordem cósmica, ou ordem dos fenómenos exteriores ao sujeito. Esta ordem inerente, chamada Rita entre os indianos, Asha entre os iranianos, Cosmos entre os gregos, tem um prolongamento na sociedade humana, chamado Dharma na índia, pelo aspecto ético, e Varna pelo aspecto social, ou ainda, simbolizado nos gregos por uma deusa da medida e da equidade, Némesis.

Quais as principais características temáticas da obra?

Da obra de Camões foram publicados, em vida do poeta, três poemas líricos, uma ode ao Conde de Redondo, um soneto a D. Leonis Pereira, capitão de Malaca, e o poema épico Os Lusíadas. Foram ainda representadas as peças teatrais Comédia dos Anfitriões, Comédia de Filodemo e Comédia de El-Rei Seleuco. As duas primeiras peças foram publicadas em 1587 e a terceira, apenas em 1645, integrando o volume das Rimas de Luís de Camões, compilação de poesias líricas antes dispersas por cancioneiros, e cuja atribuição a Camões foi feita, em alguns casos, sem critérios rigorosos. Um volume que o poeta preparou, intitulado Parnaso, foi-lhe roubado.•
Na poesia lírica, constituída por redondilhas, sonetos, canções, odes, oitavas, tercetos, sextinas, elegias e éclogas, Camões conciliou a tradição renascentista (sob forte influência de Petrarca, no soneto) com alguns aspectos maneiristas. Noutras composições, aproveitou elementos da tradição lírica nacional, numa linha que vinha já dos trovadores e da poesia palaciana, como por exemplo nas redondilhas «Descalça vai para a fonte» (dedicadas a Lianor), «Perdigão perdeu a pena», ou «Aquela cativa» (que dedicou a uma sua escrava negra). É no tom pessoal que conferiu às tendências de inspiração italiana e na renovação da lírica mais tradicional que reside parte do seu génio.
Na poesia lírica avultam os poemas de temática amorosa, em que se tem procurado solução para as muitas lacunas em relação à vida e personalidade do poeta. É o caso da sua relação amorosa com Dinamene, uma amada chinesa que surge em alguns dos seus poemas, nomeadamente no conhecido soneto «Alma minha gentil que te partiste», ou de outras composições, que ilustram a sua experiência de guerra e do Oriente, como a canção «Junto dum seco, duro, estéril monte».
No tratamento dado ao tema do amor é possível encontrar, não apenas a adopção do conceito platónico do amor (herdado da tradição cristã e da tradição e influência petrarquista) com os seus princípios básicos de identificação do sujeito com o objecto de amor ( «Transforma-se o amador na coisa amada»), de anulação do desejo físico («Pede-me o desejo, Dama, que vos veja / Não entende o que pede; está enganado.») e da ausência como forma de apurar o amor, mas também o conflito com a vivência sensual desse mesmo amor. Assim, o amor surge, à maneira petrarquista, como fonte de contradições, tão bem expressas no justamente célebre soneto «Amor é fogo que arde sem se ver», entre a vida e a morte, a água e o fogo, a esperança e o desengano, inefável, mas, assim mesmo, fundamental à vida humana. A concepção da mulher, outro tema essencial da lírica camoniana, em íntima ligação com a temática amorosa e com o tratamento dado à natureza (que, classicamente vista como harmoniosa e amena, a ela se associa, como fonte de imagens e metáforas, como termo comparativo de superlativação da beleza da mulher, e, à maneira das cantigas de amigo, como cenário e/ou confidente do drama amoroso), oscila igualmente entre o pólo platónico (ideal de beleza física, espelho da beleza interior, manifestação no mundo sensível da Beleza do mundo inteligível), representado pelo modelo de Laura, que é predominante (vejam-se a propósito os sonetos «Ondados fios de ouro reluzente» e «Um mover d'olhos, brando e piedoso»), e o modelo renascentista de Vénus.
Temas mais abstractos como o do desconcerto do mundo (expresso no soneto «Verdade, Amor, Razão, Merecimento» ou na esparsa «Os bons vi sempre passar/no mundo graves tormentos»), a passagem inexorável do tempo com todas as mudanças implicadas, sempre negativas do ponto de vista pessoal (como observa Camões no soneto «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»), as considerações de ordem autobiográfica (como nos sonetos «Erros meus, má fortuna, amor ardente» ou «O dia em que eu nasci, moura e pereça», que transmitem a concepção desesperançada, pessimista, da vida própria), são outros temas dominantes da poesia lírica de Camões.
No entanto, foi com Os Lusíadas que Camões, embora postumamente, alcançou a glória. Poema épico, seguindo os modelos clássicos e renascentistas, pretende fixar para a posteridade os grandes feitos dos portugueses no Oriente. Aproveitando a mitologia greco-romana, fundindo-a com elementos cristãos, o que, na época, e mesmo mais tarde, gerou alguma controvérsia, Camões relata a viagem de Vasco da Gama, tomando-a como pretexto para a narração da história de Portugal, intercalando episódios narrativos com outros de cariz mais lírico, como é o caso do da «Linda Inês». Os Lusíadas vieram a ser considerados o grande poema épico nacional. Toda a obra de Camões, de resto, influenciou a posterior literatura portuguesa, de forma particular durante o Romantismo, criando muitos mitos ligados à sua vida, mas também noutras épocas, inclusivamente a actual. No século XIX, alguns escritores e pensadores realistas colaboraram na preparação das comemorações do terceiro centenário da sua morte, pretendendo que a figura de Camões permitisse uma renovação política e espiritual de Portugal.•
Amplamente traduzido e admirado, é considerado por muitos a figura cimeira da língua e da literatura portuguesas. São suas a colectânea das Rimas (1595, obra lírica), o Auto dos Anfitriões, o Auto de Filodemo (1587), o Auto de El-Rei Seleuco (1645) e Os Lusíadas (1572)
Em que consiste o humanismo renascentista?
Da mesma forma como a Idade Média foi por muitos considerada a idade das trevas, o Renascimento foi visto como uma reedição da antiguidade. Embora seus representantes tenham se inspirado nas obras antigas, seus esforços resultaram em projetos e realizações originais - seu ideal foi retornar ao antigo, para poder ultrapassá-lo. O renascentista foi um homem do seu tempo: possuindo o sentido da história, sabia que o mundo antigo era diferente do seu e que, pretendendo reviver a antiguidade, procurava viver uma vida diversa da da Idade Média.

Esse movimento filosófico e literário, iniciado na Itália, na segunda metade do século XIV e, depois, difundido no resto da Europa, tem no humanismo sua característica principal. O aspecto primordial do Humanismo renascentista é a liberdade do homem, que o faz capaz de estabelecer e desenvolver seu projeto de vida. Ao contrário do conceito medieval de homem, inteiramente submetido à Igreja e ao Sacro Império Romano-Germânico, o Humanismo o vê livre, em relação à natureza e à sociedade. Restaurou a dignidade humana, pela admissão da liberdade e capacidade de interagir com o mundo.


O que são versos alexandrinos e versos heróicos?
Verso com dez sílabas poéticas são chamados DECASSÍLABOS que podem ser sáficos ou heróicos
São versos decassílabos HERÓICOS, porque as sílabas poéticas tónicas são a sexta e a décima.





trabalho realizado por:
ivanethe gama, jessica e joao

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