Biografia de Luís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau Monteiro nasceu em Lisboa a 3 de Abril de 1926, e foi um dos grandes escritores Português.
Luís de Sttau Monteiro era filho do embaixador Armindo Monteiro, ao qual em 1936 foi viver para Londres devido ao trabalho de seu pai, mas em 1943 regressou a Portugal, visto que o seu pai foi despedido pelo ditador António Oliveira Salazar, mas Luís trouxe consigo varias influências da vida londrina, devido ao contacto com autores anglo-saxónicos. No seu regresso a Portugal Luís de Sttau Monteiro formou-se em direito pela Universidade de Lisboa em 1951, mas não chegou a trabalhar como advogado durante muito tempo, então o mesmo decidiu regressar a Londres, e devido a sua paixão por automóveis, o mesmo foi piloto de fórmula 2.
Regressa novamente a Portugal e começa a dar os primeiros passos na literatura, onde vira colaborador em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa; cria a secção Guidinha no mesmo jornal.
Devido a Sttau Monteiro ser um homem de ideologias fortes, e de lutar pela liberdade, e o seu espírito de crítico perante a ditadura, valeram-lhe a prisão ficando privado da sua liberdade. Sttau Monteiro escreveu varias obras e peças, ao qual transcrevo mais abaixo, Sttau sempre foi bastante crítico com António Oliveira Salazar e a sua ditadura, e algumas peças do mesmo foram proibidas, e censuradas, chegando só a ser exibidas após a ditadura ter acabado.
Luís de Sttau Monteiro faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, no dia 23 de Julho de 1993 com 67 anos.
Obras de Luís de Sttau Monteiro:
Ficção:
1960 – Um homem não chora;
1961 - Angustia para o Jantar;
1966 – E se for rapariga chama-se Custodia
Teatro:
1961 – Felizmente há Luar;
1963 – Todos os anos pela primavera;
1965 – O barão;
1967 – A Guerra Santa;
1967 – A Estatua;
1968 – As Mãos de Abraão Zacut;
1971 – Sua Excelência;
1979 – Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes
Biografia do General Gomes Freire de Andrade
Gomes Freire de Andrade nasceu a 27 de Janeiro de 1757, na Áustria na cidade de Viena, era filho de António Ambrósio Freire de Andrade e Castro, um embaixador português e da condessa Von Schaffgotsch, oriunda de uma família abastada.
Gomes Freire de Andrade, devido a sua família pertencer a nobreza teve uma educação sem dificuldades, como era costume naquela época. Decorria o ano de 1781, quando o mesmo foi enviado para Portugal pelo seu pai, com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo, e ingressou na carreira militar, combatendo em Argel (1784), na Rússia (1788), na Guerra do Russilhão (1790), na Guerra das Laranjas (1801) e na Guerra Peninsular, o mesmo só deixou a carreira militar após a derrota de Napoleão em 1814, o mesmo praticamente em todas as batalhas que participou foi sempre considerado um herói, mas após Portugal ser libertado da ocupação das tropas francesas e por consequente a derrota de Napoleão, Gomes Freire de Andrade decide regressar a sua pátria. Depois Gomes Freire de Andrade foi acusado de uma conspiração contra Dom João VI, e foi detido pelo Marechal William Carr Beresford, e depois da sua detenção o mesmo foi acusado pelo crime de traição á sua pátria, e foi levado a julgamento, acabado o julgamento o mesmo foi condenado a morte, foi enforcado em frente da fortaleza de São Julião da Barra, em 18 de Outubro de 1817.
Biografia de William Carr Beresford
William Beresford nasceu em 1768 na Irlanda, foi um militar britânico, tornou-se marechal em 1809 e marechal -general em 1816 no exército português.
Beresford era filho ilegítimo do futuro marquês de Waterford, frequentou a academia militar de Estrasburgo e em Agosto de 1785 tornou-se cadete no 6º Regimento de Infantaria. Em 1793 era capitão na frota Britânica do Mediterrâneo e destacou-se na ocupação da Córsega.
Em 1794 foi tenente-coronel e serviu a Índia a partir de 1799.
Em 1801 participou na campanha do Egipto e comandou o regimento enviado para a Índia.
Em 1806 participou com o posto de Brigadeiro no Cabo da Boa Esperança e mais tarde ocupou Buenos Aires onde foi preso devido à libertação da população da colónia espanhola.
Em Dezembro de 1807 comandou a ocupação da Ilha da Madeira e aí aprendeu português, sendo promovido a Major -General em Abril de 1808.
Em 1809 comandou o exército britânico na Batalha da Corunha.
Com o fim da Guerra em 1814 mantêm-se no comando do exército Português. Napoleão regressou a França em 1815 e Beresford tenta reunir o exército Britânico nos Países Baixos para invadirem a França. Não consegui o que pretendia e viaja para o Brasil para pedir maiores poderes ao rei e torna-se Marechal -General. Devido à Revolução de 1820 é demitido das suas funções e é impedido de regressar a Portugal, desta forma parte para a Grã-Bretanha.
Regressou a Portugal em 1826 mas não lhe foi permitido comandar o exército português.
Foi membro do 1º governo de Wellington de 1828 a 1830.
Em 1834 publicou A Refutation of Napier’s Justification oh His third volume onde defendia as suas acções de 1811.
Beresford morreu a 8 de Janeiro de 1854 na Inglaterra.
BIOGRAFIA DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR
António de Oliveira Salazar, nasceu a 28 de Abril de 1889 em Vimieiro, conselho de Santa Comba Dão, filho de António Oliveira e de Maria do Resgate, oriundo de uma família simples e rural, que se baseava no trabalho do campo. Salazar sempre foi um excelente aluno, e o mesmo acabou o seu curso de direito na Universidade de Coimbra com 19 valores.
António de Oliveira Salazar foi um ditador/estadista, politico e professor na Universidade de Coimbra.
Quando se fala de Salazar, as pessoas remetem-se ao pensamento e pensamento certo, de ter sido uma pessoa autoritária e que exerceu uma ditadura em Portugal entre 1932 e 1968.
Salazar foi ministro das Finanças entre o ano de 1928 e 1932, e devido ao seu êxito, tornou-se em 1932 chefe de Governo, e em 1933 devido aprovação da nova Constituição o mesmo formou o Estado Novo.
António de Oliveira Salazar criou a censura, tornou-se num dos grandes ditadores da Europa, o mesmo foi o criador da PIDE e da Legião Portuguesa que iam garantindo a repressão de todos os seus opositores ao seu regime de autoridade eram julgados nos Tribunais Militares Especiais e nos Tribunais Plenários, e os condenados, praticamente não tinham hipótese de defesa.
Salazar apelava sempre ao nacionalismo, e o mesmo tomou grandes medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifaria, alfandegaria, para Portugal e suas colónias, ao qual levou muitas famílias a falência e a pobreza.
Várias foram as revoltas populares a sua governação, e muitas eram as críticas, ao que os críticos acabavam por fugir para não serem presos.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Salazar decidiu manter uma posição de neutralidade, Salazar identificava-se com o fascismo Italiano.
Em 1961 inicia-se a Guerra Colonial, ao qual o mesmo foi criticado pela ONU, que apelava a descolonização, e ao qual Salazar era contra a descolonização.
O princípio do fim do reinado Salazarista começou a 3 de Agosto de 1968, no Forte de Santo António, no Estoril quando o mesmo caiu de uma cadeira e acabou para se afastar do governo. Salazar a 7 de Setembro de 1968 foi operado, e afastou-se do Governo. Em 27 de Setembro de 1968 Américo Tomás Presidente da Republica chamou Marcelo Caetano para substituir Salazar, mas apesar do mesmo ter sido substituído, o mesmo era sempre consultado para alguma decisão. Salazar faleceu a 27 de Julho de 1970 e foi sepultado na sua terra natal.
Para se compreender o significado e a intencionalidade da peça de teatro, “Felizmente há Luar” escrita no século xx, é preciso ficar-se a conhecer os acontecimentos políticos desta época. As invasões Francesas, tiveram inicio no século XIX.
Primeira Invasão
Comandada por Jean-Andoche Junot,a primeira invasão teve inicio em 1807,as tropas francesas entram em Espanha, atravessando a Península chegando assim a fronteira portuguesa.
Sem encontrarem qualquer resistência chegaram a Castelo Branco, Abrantes, Santarém e Lisboa.
A família real e a corte haviam fugido para o Brasil, ficando assim Portugal a uma Junta de Regência provisória com ordens para não resistir.
Da primeira invasão dos Franceses resulta a sua derrota, regressando a casa.
Segunda Invasão
A segunda invasão decorre no ano de 1809, esta comandada pelo Marechal Nicolas Jean de Dieu Soult.
Decorrendo ainda a primeira invasão, Napoleão deu o trono espanhol ao seu irmão José Bonaparte.
Os espanhóis revoltados, encontram o apoio dos ingleses, sob o comando de John Moore, os britânicos atravessaram a fronteira norte de Portugal.
Os Franceses imediatamente ocupam o norte do país.
Desta revolução foram vários os militares portugueses mortos ao atravessarem a Ponte da Barca, ainda havendo muita resistência no Minho.
Terceira Invasão
A terceira invasão francesa foi o último esforço da Guerra Peninsular em solo Português. Foi comandada pelo Marechal André Massena, em 1810 tinha como principais itinerários Guarda, Viseu, Buçaco, Linhas de Torres desta revolução o seu resultado foi a desastrosa derrota dos franceses forçados a fugir do país.
Conselho de Regência e Regência Inglesa
A família Real Portuguesa embarcou para o Brasil, deixando Portugal devastado, ao qual a sua regência ficou encarregue e manipulada pelo Marechal e Comandante-chefe do exercito português, o Inglês William Carr Beresford, que foi uma desastre por completo, visto que o mesmo deixou o nosso pais numa lastima, organizou o nosso pais de forma militar, e os oficiais britânicos foram colocados nos mais altos postos, e deixando os oficiais lusos num ataques de nervos, vistos que as suas promoções “ficaram” congeladas, e com estas tiranias todas de William Carr Beresford a fome a miséria e a crise económica não ajudaram em nada o estado do pais ao qual depois com estes todos problemas se desse a Revolução Liberal do Porto em 1820, que foi provocada por revolucionários com ideais liberalistas e que foi contagiando a burguesia lusa.
Conselho de Regência; Regência inglesa
O Conselho de Regência de 1807 é a designação pela qual ficou conhecido o Conselho de Regência ordenado pelo Príncipe Regente D. João a 26 de Novembro de 1807, três dias antes da transferência da corte para o Brasil.
O Conselho era composto por:
O Conselho de Regência de 1807 é a designação pela qual ficou conhecido o Conselho de Regência ordenado pelo Príncipe Regente D. João a 26 de Novembro de 1807, três dias antes da transferência da corte para o Brasil.
O Conselho era composto por:
Marquês de Abrantes, Presidente.
Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses, Tenente-General do Exército.
Principal Castro, Conselheiro e Regedor das Justiças.
Pedro de Mello Breyner, Presidente do Real Erário.
D. Francisco de Noronha, Tenente General e Presidente da Mesa da Consciência e Ordens.
2.º Conde de Sampaio, primeiro Secretário.
Miguel Pereira Forjaz, Secretário substituto.
João António Salter de Mendonça, Desembargador do Paço e Procurador da Coroa.
TABELA CRONOLÓGICA
- 27/01/1757 - Nasceu o General Gomes Freire de Andrade
- 1768 - Nasceu William Carr Beresford
- 1807 - Primeira invasão Francesa
- 1809 - Segunda invasão Francesa
- 1810 - Terceira invasão Francesa
- 18/10/1817 - Foi enforcado o General Gomes Freire de Andrade
- 8/01/1854 - Morreu William Carr Beresford
- 28/04/1889 - Nasceu António de Oliveira Salazar
- 3/04/1926 - Nasceu Luís de Sttau Monteiro
- 1932 - Inicio da ditadura de António de Oliveira Salazar
- 27/09/1968 - Toma posse Marcelo Caetano a pasta de Primeiro Ministro por afastamento de António de Oliveira Salazar por motivos de doença
- 27/07/1970 - Morreu António de Oliveira Salazar
- 23/07/1993 - Morreu Luis de Sttau Monteiro
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